Déficit de Atenção e Hiperatividade na Infância
- Psicóloga Andréia
- 24 de jan. de 2023
- 2 min de leitura
Atualizado: 18 de mai. de 2023

O Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) está inserido no grupo dos transtornos do neurodesenvolvimento e possui como característica um padrão persistente de desatenção e/ou hiperatividade interferindo significativamente no funcionamento diário.
Para diagnóstico de TDAH é preciso haver um padrão persistente de desatenção e/ou hiperatividade-impulsividade a ponto de interferir no funcionamento ou no desenvolvimento da criança. Muitos desses sintomas devem estar presentes antes dos 12 anos de idade e serem visíveis em dois ou mais ambientes que a criança frequenta, como por exemplo, em casa e na escola. Além disso, deve estar evidente que esses sintomas interferem significativamente no funcionamento social e acadêmico.
O TDAH é um transtorno geralmente mais frequente em meninos, sendo que as meninas tendem a apresentar mais características de desatenção. Estima-se que 5% da população infantil sofre com o transtorno sendo frequente encontrarmos familiares de até primeiro grau com as mesmas características. Além disso, padrões de interação familiar negativos podem influenciar no curso do transtorno e contribuir para o desenvolvimento secundário de outros problemas como ansiedade e conduta.
O diagnóstico de TDAH é fundamentalmente clínico. Para isso, utilizam-se do relato do paciente e/ou escalas de rastreamento dos sintomas que ajudam a chegar no diagnóstico. A avaliação neuropsicológica se faz importante nesse processo, a fim de levantar pontos intactos e pontos comprometidos do funcionamento cognitivo e comportamental, colaborando não só para o diagnóstico, como também na elaboração de plano de intervenção que nortearão as condutas profissionais para melhorar a qualidade de vida da criança.
As crianças com os sintomas da desatenção geralmente apresentam dificuldade para prestar atenção em tarefas ou atividades, parecem não escutar quando lhe dirigem a palavra, não seguem instruções e não terminam suas tarefas, apresentam dificuldade de organização, evitam envolver-se em tarefas que exijam esforço mental, perdem objetos necessários para suas atividades e apresentam esquecimentos em suas atividades de vida diária.
Apesar dos sintomas de desatenção e hiperatividade serem observados na primeira infância, é mais fácil ser identificado nos primeiros anos do ensino fundamental. Além da desatenção, hiperatividade e impulsividade, outras características podem estar presentes como baixa tolerância à frustração, irritabilidade e labilidade e humor.
Pode-se observar também desempenho escolar reduzido e rejeição social, algumas crianças podem estar mais propensas a acidentes, devido à falhas no auto monitoramento comportamental ou dificuldade em tomar decisões mais ponderadas. As interações familiares podem ser mais negativas e marcadas por discórdias levando em consideração as dificuldades no manejo do comportamento da criança.
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