Esquecimentos frequentes na terceira idade: quando é normal e quando é sinal de alerta?
- Psicóloga Andréia
- há 30 minutos
- 2 min de leitura
Com o envelhecimento, é comum que a memória fique um pouco mais lenta. Pequenos esquecimentos, como não lembrar onde deixou os óculos ou esquecer um nome momentaneamente, geralmente fazem parte do envelhecimento cognitivo normal.
Porém, quando os esquecimentos começam a afetar o dia a dia, trazer insegurança, repetição excessiva ou mudanças de comportamento, é importante diferenciar o que é esperado do que pode indicar o início de um declínio cognitivo leve ou até de demências, como o Alzheimer.
A avaliação neuropsicológica é uma ferramenta essencial para fazer essa distinção com precisão, oferecendo segurança para o idoso e sua família.
O que faz parte do envelhecimento normal?
Algumas mudanças são esperadas e não representam doença. Entre elas:
Esquecer nomes, mas lembrar depois
Demorar um pouco mais para lembrar fatos recentes
Precisar anotar compromissos
Distrações ou lapsos leves em situações de estresse
Redução natural da velocidade de processamento
Dificuldade maior para aprender algo muito novo, mas com bom desempenho após repetição
Essas características acontecem porque o cérebro envelhece junto com o corpo, e não significam perda significativa de autonomia.
Quando os esquecimentos são sinal de alerta?
É hora de buscar avaliação quando os sintomas começam a causar impacto funcional, ou seja, quando a memória interfere na rotina do idoso. Preste atenção se houver:
Esquecimentos de eventos importantes do próprio dia
Repetição da mesma pergunta várias vezes
Troca de palavras ou dificuldade para se comunicar
Desorientação em locais conhecidos
Perda de objetos com frequência e sem perceber
Dificuldade para lidar com finanças, receitas médicas ou tarefas que antes eram fáceis
Mudanças repentinas de humor ou comportamento
Desinteresse por atividades que sempre gostou
Maior irritabilidade, apatia ou confusão mental
Esquecimento de compromissos mesmo com lembretes
Dificuldade de planejamento e tomada de decisão
Esses sinais podem indicar Comprometimento Cognitivo Leve (CCL) ou os estágios iniciais de demência, momentos em que a intervenção precoce faz toda a diferença.
Por que a avaliação neuropsicológica é tão importante nessa fase?
A avaliação neuropsicológica é o exame que analisa o funcionamento do cérebro através do comportamento, permitindo identificar:
Quais áreas cognitivas estão preservadas
Quais funções apresentam baixa performance (memória, atenção, linguagem, funções executivas)
Se o padrão observado é compatível com envelhecimento normal ou com algum transtorno
Se há risco aumentado para evolução de demência
O tipo de intervenção mais adequado para cada caso
Ela fornece um laudo detalhado, útil para neurologistas, geriatras e familiares, ajudando a traçar o plano de cuidados ideal para preservar qualidade de vida e autonomia.
Quanto mais cedo, melhor
Avaliações precoces permitem:
Diagnóstico mais preciso
Planejamento familiar adequado
Intervenções que retardam a progressão dos sintomas
Adaptações ambientais para segurança
Estratégias de treino cognitivo personalizadas
Aumento da independência e bem-estar
Muitos idosos só procuram avaliação quando os sintomas já estão avançados, e isso reduz muito o impacto das intervenções.
Se você percebeu mudanças na memória ou no comportamento de algum idoso, este é o momento certo para agir.
Cuidar da saúde cognitiva é uma forma de proteger autonomia, dignidade e qualidade de vida.
Se você é idoso ou familiar de alguém que tem apresentado esses sinais, uma avaliação neuropsicológica completa pode trazer clareza, tranquilidade e um caminho seguro para os próximos passos.
Agende sua avaliação neuropsicológica. Tenha um diagnóstico preciso, com orientação profissional especializada.

















































































































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